quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Más condições geraram rebelião na Case Salvador 2006 (Recordar é Viver)


16/07/2008 às 22:22
 

Más condições geraram rebelião na Case Salvador há dois anos

A TARDE On Line
Memória
A Comunidade de Atendimento Socioeducativo de Salvador já foi cenário de rebeliões e muitas ações de violação dos direitos dos adolescentes. A mais marcante nos últimos dois anos aconteceu no dia 9 de agosto de 2006, quando os jovens internados na unidade situada no bairro de Tancredo Neves promoveram uma rebelião que acabou com monitores feridos e 52 meninos fugidos.
O motim começou quando sete agentes da casa foram tomados reféns. Dois deles, que foram levados pelos rebelados para o telhado de um dos dez pavilhões, conseguiram escapar. Eles pularam de uma altura de quase oito metros. Um se feriu e foi atendido por uma ambulância do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu).
A rebelião foi controlada da mesma forma que em presídios e penitenciárias de todo o País: repressão policial. Cerca de 30 policiais do grupamento Rondas Especiais da Polícia Militar (Rondesp), nove da 23ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM) e 22 homens pertencentes ao efetivo do Batalhão de Choque cercaram o prédio.
Quatorze homens do Batalhão de Choque invadiram o local. Protegidos por escudos, eles chegaram a disparar com revólveres e espingardas, em resposta às pedras que os jovens atiravam. Felizmente, a invasão não deixou nenhum adolescente ferido.
Até as solicitações dos meninos eram muito semelhantes às de internos que promovem rebeliões em presídios: melhoria da qualidade das refeições, banho de sol, cigarros e visitas íntimas, entre outras 36 exigências. O diretor-geral da Fundac, Fidenciano Medrado, na época, admitiu que muitas das reivindicações eram justas, uma vez que se tratava de direitos garantidos pelo Estatuto da Criança e do Adolescente e que não vinham sendo cumpridos.
Diretora da unidade à época, a pedagoga Maria de Fátima Oliveira acabou deixando o cargo. No lugar dela assumiu Marcus Vinícius Almeida Magalhães.

Postado: Robson Ricardo

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